Oncologista tira dúvidas sobre a doença, considerada a mais prevalente em homens
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país deve ter mais de 60 mil novos casos da doença somente neste ano. Entre o público masculino, ainda existem muitos questionamentos sobre o que é mito e o que é verdade quando se fala sobre o assunto.
Recentemente, uma polêmica envolvendo a eficácia do exame de toque retal ganhou o país. A Sociedade Brasileira de Urologia mantém sua recomendação de que homens a partir de 50 anos devem procurar um profissional especializado para avaliação individualizada. O rastreamento deverá ser realizado após ampla discussão de riscos e benefícios.
O médico oncologista Stephen Doral Stefani, membro de várias comunidades científicas internacionais como a American College of Physicians (ACP) e coordenador científico da Clínica de Oncologia da Unimed em Santa Cruz do Sul, responde algumas das principais dúvidas relacionadas à próstata:
– O aumento da próstata tem relação com o câncer?
O crescimento da próstata é praticamente inevitável com o passar da idade. Em alguns casos, sintomas de redução do jato urinário e aumento na frequência se manifestam por conta disso. A maioria dos casos é devido a uma doença benigna, justamente chamada Hiperplasia Benigna de Próstata. Já o câncer de próstata é mais grave e pode levar muito mais tempo para dar sintomas, daí a importância de tentar a identificação mais precoce possível.
– Histórico familiar pode aumentar o risco da doença?
Sim. Homens com história familiar de câncer de próstata e de mama têm mais risco de desenvolver a doença. Importante salientar que muitos pacientes não têm nenhum histórico na família, de forma a reforçar que ausência de histórico familiar não é certeza de tranquilidade.
– Um nível de PSA elevado significa ter câncer de próstata enquanto um baixo PSA indica não ter câncer de próstata?
O exame de sangue Antígeno Prostático Específico (PSA) não é certeza nem de câncer e nem de saúde. Ele serve como fator adicional para tomada de decisão. Um exame cujo resultado é muito alto ou cresce muito rápido, por exemplo, demanda investigação.
É gratuito e saudável.