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Tire suas dúvidas sobre a Gripe A

Material elaborado pelo médico Marcelo Carneiro, infectologista, de Santa Cruz do Sul

07 de julho de 2009

Quais são os sintomas da gripe A?

Os principais sintomas incluem tosse, febre, dor de garganta, mal estar e cefaléia (dor de cabeça). Mas o quadro clínico varia de uma doença leve, não febril, de vias aéreas superiores, até uma doença grave ou pneumonia fatal. A maioria dos casos é de síndrome gripal, sem complicações, com evolução para cura espontânea.

 

Como se dá a transmissão?

Pela respiração, tosse, secreções nasais e da boca.

 

Se a pessoa fizer a vacina contra a gripe comum, estará imune à gripe A?

Não.

 

De que forma a população pode se proteger da gripe A? É possível evitá-la?

Evitando aglomerados de pessoas e locais fechados por muito tempo. E também evitando contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença, enquanto estas estiverem em isolamento domiciliar ou hospitalar.

 

A população precisa usar máscaras?

A utilização de máscaras de proteção é efetiva em ambientes hospitalares e esta prática não tem impacto na diminuição de transmissibilidade quando utilizada pela comunidade em geral.

 

Por quê?

Em ambientes abertos a probabilidade de transmissão é muito pequena. E estas máscaras não filtram 100% das partículas, além de serem de difícil vedamento na face, permitindo a entrada de ar e se umidificando facilmente, o que facilita a entrada dos vírus.

 

Locais com grande concentração de pessoas devem suspender suas atividades?

Quando a disseminação do vírus for alta na comunidade, sim. A exemplo do que está acontecendo na Argentina.

 

Por quanto tempo deve ser mantida essa suspensão?

O tempo de duração da suspensão temporária deve ser a partir da data de início dos sintomas. Para adultos, até o 7º dia, e crianças até o 14º dia.

 

Quando um caso de gripe pode ser considerado suspeito?

Quando o indivíduo apresentar doença aguda de início súbito, com febre acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos, podendo ou não estar acompanhada de outros sinais e sintomas como cefaléia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular), artralgia (dor nas juntas) ou dispneia (falta de ar), vinculados aos itens A e/ou B abaixo:

A. Ter retornado, nos últimos 7 dias, de países com casos confirmados de infecção pelo novo vírus A (H1N1)

B. Ter tido contato próximo, nos últimos 7 dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito ou confirmado de infecção humana pelo novo vírus influenza A(H1N1).

 

Quem esteve em países onde foram registrados casos confirmados deve procurar atendimento médico?

O Ministério da Saúde reitera aos viajantes procedentes de países afetados que procurem atendimento médico ao apresentarem sintomas semelhantes com o novo vírus Influenza A (H1N1), até sete dias após o retorno desses locais. Segundo o Ministério, não existe caráter restritivo ao comércio ou trânsito internacional.

 

Quando um caso é considerado confirmado?

Quando o indivíduo com a infecção pelo novo vírus Influenza A (H1N1) tiver o diagnóstico confirmado pelo laboratório de referência ou determinado pela vigilância sanitária.

 

Se a pessoa teve contato próximo de um caso suspeito ou confirmado, deve se preocupar?

Para a caracterização de contato, inicialmente toma-se por referência em que momento ocorreu a exposição à fonte de infecção – ou seja, ao caso suspeito ou confirmado. Verificar, portanto, se houve exposição durante o período de transmissibilidade da doença (um dia antes e até sete dias após a data de início dos sintomas do caso suspeito ou confirmado). E, se esta exposição ocorreu em uma das situações abaixo:

A. Durante viagem internacional – são considerados contato próximo durante o vôo aqueles passageiros localizados na mesma fileira, nas fileiras laterais e nas duas fileiras anteriores e posteriores ao do caso suspeito ou confirmado. No caso de viagem internacional por via terrestre, em ônibus com sistema de climatização (adotar os mesmos procedimentos descritos para viagens aéreas). Quando em carro de passeio, considerar todos os passageiros como contato próximo. Para embarcações, considerar como contato próximo aqueles tripulantes que viajaram na mesma cabine ou compartilharam ambientes durante a viagem.

B. Na comunidade: pessoas que cuidam, convivem ou que tiveram contato direto ou indireto com secreções respiratórias de um caso suspeito ou confirmado.

 

Qual o procedimento a ser tomado nesses casos?

Pessoas que estabeleceram contato próximo com um caso suspeito ou confirmado, durante o período de transmissibilidade da doença (um dia antes e até sete dias após o início dos sintomas):

• Se o contato estiver sem sintomas, colocar em quarentena domiciliar voluntária. O isolamento domiciliar é recomendado unicamente aos casos suspeitos que apresentem sintomas compatíveis exclusivamente com sintomas gripais e que não pertençam a nenhum grupo de risco para complicações e óbito pela doença.

• Se o contato estiver apresentando sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito, adotar as condutas para tal.

E, se o possível cenário de transmissão incluiu o período de viagem internacional, identificar o país de origem, a data da viagem, os números dos vôos, os nomes das companhias aéreas e as poltronas de assento, escalas e conexões até o local de destino.

 

Que cuidados os pacientes de casos suspeitos devem tomar na reclusa domiciliar?

– Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

– Evitar tocar olhos, nariz ou boca;

– Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar;

– Manter o ambiente ventilado;

– Caso tenha que sair, evitar locais públicos e aglomerações.

 

 

Categoria: Unimed VTRP