Você já conheceu uma mulher com câncer de mama? A resposta, infelizmente, deve ser positiva. Afinal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o mais incidente em mulheres, no mundo, representando cerca de 24,5% dos novos casos de câncer na população feminina. E no Brasil não é diferente. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a principal causa de morte entre as mulheres brasileiras, risco que tende a aumentar após os 40 anos de idade. 

É preciso estar atenta. Embora o objetivo real seja diagnosticar o câncer de mama antes dos sintomas clínicos, há sinais a serem observados que podem indicar uma possível presença da doença mesmo na fase inicial. 

Quais são os sintomas do câncer de mama? 

O quadro inicial é caracterizado por lesões extremamente pequenas e geralmente imperceptíveis, não palpáveis durante o exame clínico e descobertas apenas durante o rastreamento mamográfico. No entanto, é necessário prestar atenção em alguns sinais e sintomas:  

• Inchaço de toda ou parte da mama (mesmo que você não sinta um nódulo); 
• Ondulações da pele (às vezes lembrando a casca de uma laranja); 
• Dor nos seios ou mamilos; 
• Retração (contração) dos mamilos; 
• Pele vermelha, seca, escamosa ou grossa no mamilo ou mama; 
• Descarga do mamilo que não seja o leite materno; 
• Linfonodos inchados (às vezes, um câncer de mama pode se espalhar para os gânglios linfáticos nas axilas ou ao redor da clavícula e causar um nódulo ou inchaço, mesmo antes que o tumor original na mama seja grande o suficiente para ser sentido). 

O que fazer se você perceber algo? 

Se você notar um ou mais dos sintomas ou sinais listados acima, agende um exame de mama imediatamente. O mastologista irá encaminhá-la para os exames instrumentais mais adequados para o seu caso. 

Muitas vezes, a mulher com dúvidas entra em estado de ansiedade até ter certeza do diagnóstico. Mas somente um profissional qualificado pode lhe proporcionar a garantia de um diagnóstico seguro com todas as investigações disponíveis. 

Como o câncer de mama é diagnosticado precocemente? 

O auto exame constitui uma importante ferramenta para o cuidado das mamas, porém, na maioria dos casos, permite a identificação de nódulos já em estado avançado da doença. Dessa forma, a realização de exames preventivos periódicos, como a mamografia e/ou ultrassonografia, torna-se o meio mais indicado para a detecção precoce do câncer de mama.  

A mamografia é atualmente o método mais eficaz para o diagnóstico precoce. É um exame realizado com um equipamento radiológico que, por meio de raios X, permite identificar quaisquer alterações no tecido mamário e/ou pequenos nódulos, muitas vezes não palpáveis. 

Os temores de exposição excessiva à radiação são injustificados, pois as dosagens são muito baixas com as modernas mamografias fornecidas aos centros de mama. De acordo com o INCA, a mamografia de rotina é recomendada para as mulheres de 50 a 69 anos uma vez a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Febrasgo recomendam o rastreamento mamográfico anual a partir dos 40 anos. Em mulheres jovens com mamas densas, por outro lado, além da mamografia, também é recomendada uma ultrassonografia. É fundamental discutir com seu médico de referência qual o seu momento adequado de iniciar o rastreamento. 

Lembre-se de que conhecer os sinais a serem observados não substitui mamografias e outros exames.  

Alguns dos fatores associados ao câncer de mama, como a genética, não podem ser modificados, mas muitos outros podem e devem ser enfatizados.  

Muitos casos de câncer de mama podem ser evitados adotando um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada a fim de evitar o sobrepeso e a obesidade. Além disso, é importante limitar ou eliminar o consumo de álcool e fazer atividades físicas. Investir na sua saúde será sempre uma boa escolha.