Certamente você está acompanhando os inúmeros casos de dengue que surgiram no Brasil nos últimos meses, né?

Doença

A doença, caracterizada por febre alta e de início súbito, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de indisposição, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele vem causando preocupação na comunidade em geral. 

Diariamente são noticiados novos casos de dengue e, com eles, as estratégias que os órgãos de saúde vêm adotando para conter a proliferação dos mosquitos e prevenir a forma grave da doença.

Como resolver?

Dentre essas estratégias temos a vacinação. Isso mesmo!

A vacina contra a dengue já está disponível na rede pública de saúde de alguns estados do Brasil.

Aqui nas cidades do Rio Grande do Sul, a vacina pode ser encontrada somente nas clínicas privadas.  

Com essa novidade, surgem muitas dúvidas que podemos esclarecer aqui. 

Fica de olho: 

Quais vacinas temos disponíveis no Brasil?

Atualmente, temos duas vacinas licenciadas no Brasil, a Dengvaxia© (Sanofi Pasteur) e a QDENGA© (Takeda). Ambas são tetravalentes, ou seja, imunizam contra os 4 subtipos do vírus da dengue. 

Qual a diferença entre as vacinas disponíveis?

Assim, onde a Dengvaxia© (Sanofi Pasteur) é indicada para indivíduos que já foram infectados alguma vez pelo vírus da dengue, e a QA diferença está na indicação, onde a Dengvaxia© (Sanofi Pasteur) é indicada somente para indivíduos que já foram infectados alguma vez pelo vírus da dengue, e a QDENGA© (Takeda) pode ser aplicada tanto em indivíduos que já foram infectados como em pessoas que nunca contraíram dengue na vida.

Além disso, o número de doses e o intervalo entre as doses é diferente. 

Qual vacina será disponibilizada gratuitamente e qual esquema vacinal?

De acordo com fontes, a vacina incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) é a QDENGA© (A vacina incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) é a QDENGA© (Takeda), indicada para pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de ter tido ou não dengue previamente.

Serão realizadas 2 doses da vacina, via subcutânea, com intervalo de 3 meses entre as doses. 

Quem vai receber a vacina pelo SUS?

A vacinação ocorrerá de forma escalonada, priorizando as regiões endêmicas (onde ocorrem mais casos) e a população de 10 a 14 anos (faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, segundo o Ministério da Saúde). 

Quem NÃO pode receber a vacina contra a dengue?

Dessa forma, ambas as vacinas estão contraindicadas para mulheres grávidas, com suspeita de gravidez ou que estejam amamentando; pessoas imunodeprimidas (imunodeficiência primária ou adquirida, incluindo terapias); e pessoas que apresentaram alguma sensibilidade aos componentes das vacinas. 

Quando iniciará a vacinação no Rio Grande do Sul?

Apesar de existirem inúmeros casos no Rio Grande do Sul (17 vezes mais casos do que no mesmo período do ano passado) e 90% dos municípios do estado enfrentarem infestações do mosquito, ainda não temos previsão de quando iniciarão as vacinas por aqui na rede pública.

Os esforços estão sendo feitos para que, de forma gradual, a imunização seja realizada em mais regiões, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Além disso, estudos de eficácia estão sendo realizados para as demais faixas etárias, com vistas a reduzir hospitalizações e complicações das formas mais graves da doença.  

Por que devo me vacinar? 

Primeiramente, a vacinação é importante aliada no combate a diversas doenças. Ao se vacinar além de se proteger, você protege a todos a sua volta. 

Então, para contermos o avanço da doença é necessário eliminar os criadouros do mosquito por meio de medidas como:

• evitar acúmulo de água em pneus, vasos de plantas, garrafas;

• manter a caixa d’água fechada;

• limpar calhas; e

• permitir o monitoramento realizado pelos agentes de endemias.

Além disso, recomenda-se a utilização de calças compridas, repelentes à base de DEET, mosquiteiros sobre as camas, telas nas portas e janelas. 

É muito importante que todos façam a sua parte.

Coberturas vacinais inferiores a 80% da população podem facilitar o retorno de doenças infecciosas há anos erradicadas e de surtos em massa de doenças como caxumba, sarampo e varicela. 

E a vacina da gripe, quem deve fazer?   

A vacina da gripe possui um grupo prioritário que inclui mulheres grávidas, crianças pequenas, pessoas idosas e qualquer um que possua uma condição crônica, como asma ou doença cardíaca.

Pois este representa o grupo com risco mais elevado para uma infecção severa, que pode levar à morte.

Então, a vacina protege contra os principais vírus que circulam no hemisfério Sul, entre eles o da influenza A (H1N1).

Assim, a influenza é uma doença grave que mata de 300 mil a 500 mil pessoas a cada ano em todo o mundo. 

Portanto, fique atento aos prazos e liberações destas vacinas na sua cidade.

Não deixe de contribuir para a manutenção da saúde e bem-estar de todos, mas, principalmente seu e de sua família. 

REFERÊNCIAS: 

Nota Técnica Conjunta SBIm/SBI/SBMT – 03/07/2023 disponível em https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nota-tecnica-sbim-sbi-sbmt-qdenga-v4.pdf 

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/dezembro/ministerio-da-saude-incorpora-vacina-contra-a-dengue-no-sus