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Dengue, zika, chikungunya e febre amarela: como se prevenir

Essas doenças infecciosas transmitidas por insetos são chamadas de arboviroses, e todo o cuidado é pouco na época do verão. Previna-se!

16 de janeiro de 2020

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela (ciclo urbano). Essas doenças infecciosas transmitidas por insetos são chamadas de arboviroses.

Menor do que os mosquitos comuns, o Aedes aegypti é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produz é praticamente inaudível ao ser humano. Põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água limpa, como a da chuva, por exemplo, e pode procurar ainda criadouros naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.

É um mosquito urbano, embora tenha sido encontrado na zona rural, onde foram levados em recipientes que continham ovos e larvas. Comuns em regiões de clima tropical e subtropical.

Devido a essas características do mosquito, o controle dessas doenças é um desafio de saúde pública. Por isso, todos temos que contribuir para evitar a reprodução do Aedes aegypti.

mosquito aedes transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e zika

Dengue

Aparição no Brasil: século 19

Principais sintomas: febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele, às vezes com coceira. Pode haver ainda perda de peso e vômito e, na forma grave, dor abdominal e sangramento de mucosas

Transmissão: principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti, mas há registros de transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue

Zika

Aparição no Brasil: 2015

Principais sintomas: dor de cabeça, febre baixa (ou ausente), dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele com coceira intensa e vermelhidão nos olhos. Eventualmente, também inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômito

Transmissão: picada do mosquito Aedes aegypti, transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue

Chikungunya

Aparição no Brasil: 2014

Principais sintomas: febre alta e abrupta, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele, com coceira intensa

Transmissão: pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus

Febre amarela

Aparição no Brasil: século 17

Principais sintomas: início súbito de febres, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores musculares, vômitos e fraqueza. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação.

Transmissão: pela picada dos mosquitos Aedes aegypti na área urbana e dos mosquitos Haemagogus e Sabethes na área rural ou de florestas

Importante: existe uma vacina bastante segura e eficaz contra a febre amarela distribuída gratuitamente nos postos de saúde. Em vários estados brasileiros, essa vacina já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. Aqui você encontra mais informações sobre quem pode se vacinar

Prevenção

A melhor maneira de prevenir arboviroses é evitar as condições propícias à proliferação dos insetos transmissores, ou seja, ambientes com água parada, onde os ovos do mosquito são depositados.

  • Mantenha tonéis e caixas d’água bem fechados
  • Não deixe acumular água em calhas e lajes
  • Encha os pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda
  • Feche bem os sacos de lixo e não deixe-os ao alcance de animais
  • Mantenha garrafas e outros recipientes que podem acumular água virados para baixo
  • Não acondicione pneus em locais descobertos
  • Faça manutenção regular nas piscinas
  • Se utilizar lonas para cobrir algo, certifique-se de ficarem bem esticadas para não acumular água
  • Lave e esfregue os potes de água dos animais de estimação
  • Limpe a bandeja do ar-condicionado para evitar o acúmulo de água
  • Mantenha ralos limpos e tampados, ou com tela
  • Verifique e mantenha fechados vasos sanitários pouco usados ou sem uso

Cuidados pessoais

O risco de infecção por dengue, zika e chikungunya e febre amarela é reduzido se as picadas puderem ser evitadas. Portanto:

  • Use repelente e não se esqueça de reaplicar conforme as orientações do fabricante
  • Coloque telas em portas e janelas
  • Utilize roupas claras e compridas sempre que possível, principalmente quando visitar áreas com maior presença de mosquitos
  • Evite, se possível, viajar para áreas com maior incidência dessas doenças em períodos de possíveis epidemias
  • Em casos de sintomas, procure um médico
  • Denuncie focos do mosquito à Secretaria de Saúde da sua cidade

Grávidas: atenção redobrada

  • Faça o pré-natal corretamente
  • Realize todos os exames recomendados pelo médico
  • Utilize roupas claras e compridas sempre que possível, principalmente quando visitar áreas com maior presença de mosquitos
  • Aplique repelentes indicados para gestantes, principalmente se estiver vestindo roupas que deixem áreas do corpo expostas
  • Se possível, evite viajar para regiões mais afetadas pelos vírus
  • Procure ficar em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis

Fique informado

  • Não é possível ter chikungunya mais de uma vez
  • Não há medicamento que cure a dengue. Os sintomas é que são tratados
  • Os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por até um ano em ambientes secos. Por isso, não adianta apenas secar os reservatórios de água parada. É preciso limpá-los com água e sabão
  • O verão favorece a reprodução do Aedes aegypti, porém, os cuidados devem ocorrer no ano todo. No inverno, é necessário eliminar os criadouros para impedir que as larvas nasçam quando voltarem as chuvas e as altas temperaturas
  • Lei de 2016 permite que os agentes de combate a endemias realizem entrada forçada em imóveis com ausência de pessoa que permita acesso ou no caso de recusa de acesso, para verificar potenciais focos de mosquitos
  • Os macacos não transmitem o vírus da febre amarela, eles são vítimas. E, ao serem contaminados, fazem o papel de “sentinela”, alertando para o surgimento da doença. O vilão é o mosquito transmissor

Conteúdo produzido pela equipe de Comunicação e Marketing da Unimed do Brasil
Fonte: Ministério da Saúde, Ministério do Meio Ambiente, Agência Nacional de Saúde e Fundação Oswaldo Cruz