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Viver bem com doenças crônicas: informação e cuidado fazem a diferença

O Fevereiro Roxo chama atenção para o alzheimer, a fibromialgia e o lúpus. 

11 de fevereiro de 2025

Doenças crônicas são aquelas que acompanham o paciente ao longo da vida, demandando cuidado constante e mudanças no estilo de vida para garantir bem-estar. Embora não tenham cura na maioria dos casos, essas condições podem ser gerenciadas com a ajuda de acompanhamento médico, tratamento adequado e práticas de autocuidado. 

Entre as doenças crônicas, algumas afetam diretamente a qualidade de vida e são destaque na campanha do Fevereiro Roxo, que chama atenção para o alzheimer, a fibromialgia e o lúpus.  

Entender essas condições e saber como preveni-las ou manejá-las é essencial para quem busca uma vida mais saudável e equilibrada. 

Alzheimer: A doença de alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo. Dito de forma mais simples, é a morte de células cerebrais, que leva a um tipo de demência com redução da capacidade cognitiva. 

A doença acomete principalmente a população idosa, apesar de ser um processo diferente do simples envelhecimento das células. Na doença de Alzheimer, a perda de neurônios acontece por erros no processamento de certas proteínas. 

Segundo o Ministério da saúde, os principais sintomas da doença de Alzheimer são: 

  • Falta de memória para acontecimentos recentes 
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes 
  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos 
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas 
  • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos 
  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais 
  • Irritabilidade, desconfianças injustificadas, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento 

Apesar de não ter cura, com o diagnóstico precoce, é possível iniciar um tratamento que estabiliza a doença e diminui a velocidade da perda neuronal. Assim, garante-se mais tempo de qualidade de vida para paciente e familiares. 

A fibromialgia é uma síndrome não inflamatória que se manifesta por dor crônica em várias partes do corpo, fadiga e distúrbios do sono. Ela tende a ser mais comum em mulheres com 30 a 50 anos de idade. 

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, a doença não tem cura, mas com o tratamento adequado, é possível viver uma vida ativa e produtiva. 

> Exercícios físicos são o principal aliado para uma melhor qualidade de vida 

Lúpus: é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune. Nela, os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico, que deveriam agir contra bactérias e vírus estranhos ao corpo, passam a atacar células e tecidos saudáveis, provocando inflamações. Os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem ser facilmente confundidos com outras patologias. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), os dois tipos principais de lúpus são: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas avermelhadas na pele (principalmente nas áreas expostas à luz solar); e o lúpus sistêmico, que acomete um ou mais órgãos internos. 

Ainda não se sabe exatamente qual a causa da doença. Acredita-se que seu desenvolvimento esteja relacionado a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Ou seja, pessoas com predisposição genética podem apresentar alterações imunológicas permanentes diante de fatores ambientais que variam desde irradiação solar a infecções virais. 

Os sintomas do lúpus variam conforme a fase em que a doença se encontra – de remissão ou de atividade – e os órgãos ou tecidos que os anticorpos vão atacar. Articulações e pele costumam ser os principais “alvos”.   

A pele é atingida em 80% dos casos, sendo a mancha avermelhada no rosto o sintoma mais conhecido. Há uma sensibilidade exagerada ao sol, provocando não só manchas nas áreas expostas mas também cansaço e febre. Em período de atividade da doença, também se nota frequente queda de cabelos. 

Outros sintomas gerais acompanham as inflamações provocadas pelo lúpus, como cansaço, desânimo, febre, perda de apetite e emagrecimento. 

Mas a doença também pode provocar inflamações em outros órgãos, tecidos e células, como as membranas que cobrem pulmões e coração, células sanguíneas e rins. 

O lúpus pode, ainda, apresentar outros sintomas, como: dor no peito, dificuldade de respirar, palidez de pele e mucosa, hematomas, aumento do sangramento menstrual e também das gengivas, pressão alta, inchaço nas pernas, urina espumosa ou em pouca quantidade, insuficiência renal e alterações neuropsíquicas. 

Confirmado o diagnóstico, o médico reumatologista será um companheiro frequente na vida da pessoa que tem lúpus. O tratamento medicamentoso varia conforme o estágio e as manifestações da doença e é totalmente individualizado. 

Nas fases de remissão, é possível que não haja nenhum sintoma e pouco ou nenhum remédio seja necessário. Porém, como estamos falando de uma doença crônica, o acompanhamento médico precisa continuar para mantê-la sob controle. 

Com o tratamento e cuidados adequados, pessoas com lúpus podem estender o período de remissão (quando não há sintomas), controlar melhor as fases de atividade dos anticorpos e, assim, manter uma qualidade e expectativa de vida muito próximas das pessoas que não têm essa condição. 

O Fevereiro Roxo reforça a importância do diagnóstico precoce e do cuidado contínuo para melhorar a qualidade de vida de quem tem doenças crônicas. O acompanhamento médico, o tratamento adequado e o autocuidado fazem toda a diferença no bem-estar. Conhecimento e prevenção são grandes aliados para viver melhor. 

Categoria: #CuidarDeVocê