“Em briga de marido e mulher, é preciso meter a colher, sim”, afirma delegada Diéli Caumo
Live da Unimed VTRP trouxe dicas de segurança para mulheres; Cooperativa realiza programação especial durante o mês de março
10 de março de 2022
“Juntas, cuidamos umas das outras”. Com este mote, a Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP) está realizando uma programação especial em março, Mês da Mulher. Dentre as atividades, destaque para conteúdos inéditos, lives e grupos especiais, todos abertos e gratuitos para clientes e comunidade. O objetivo é estimular o autocuidado, os bons hábitos para o público feminino.
A atividade que abriu esta programação especial aconteceu na noite dessa quarta-feira, 09/03. A delegada de polícia Diéli Caumo participou da live “Dicas de segurança para as mulheres”, conduzida pela comunicadora Laiz Batistti. Diéli trouxe dicas práticas e chamou atenção para uma novidade no sistema jurídico brasileiro, que entrou em vigor no final do ano passado, e que visa combater a violência doméstica contra a mulher.
“Desde 2021, violência psicológica também é crime. Isso significa que atitudes dos companheiros que causem dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudiquem ou perturbem o pleno desenvolvimento da mulher devem ser denunciadas”, afirmou Diéli.
Ela lembrou que esta questão em específico está descrita na Lei 14.188, de 2021, que incluiu no Código Penal este crime. Configuram violência psicológica também ações que visem “degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”.
Diéli salientou ainda que o companheiro que pratica violência doméstica contra a mulher, seja física ou psicológica, dá sinais deste comportamento na grande maioria das vezes.
“Eles manipulam a mulher com frase como ‘só eu que gosto de ti, eu que sustento a casa, só eu que consigo te ajudar’. Infelizmente, muitas mulheres não conseguem acompanhar e identificar este tipo de violência, e acabam se tornando dependentes do home. Ela se isola, e fica no relacionamento, porque não encontra uma maneira de sair. Por isso, ao menor sinal de alerta, é fundamental procurar ajuda”.
Ciclo de violência doméstica
Apesar de a violência doméstica ter várias faces e especificidades, as agressões cometidas em um contexto conjugal costumam ocorrem dentro de um ciclo que é constantemente repetido.
Primeiro, o homem começa a se tornar mais agressivo. Ele pode até não partir para a agressão, mas levanta a mão, ameaça. Na segunda fase deste ciclo, ele parte para a violência física. Na fase três, ele diz estar arrependido, e convence a vítima a permanecer no relacionamento abusivo.
“Ele vai voltar a ficar agressivo. Este é um dos motivos que torna difícil sair deste tipo de relacionamento. O ciclo se repete. A mulher acha que não está vivenciando esta situação, se afasta de amigos e familiares, desaparece da rede social, muda o comportamento. Por isso, em briga de marido e mulher, é preciso meter a colher, sim”, pontuou Diéli.
E como denunciar? As queixas podem ser feitas pelo “Disque 180” e “Disque 100” (serviços gratuitos para denúncias de violações de direitos humanos), no 181 da Polícia Civil ou 190 da Brigada Militar. As denúncias também podem ser feitas presencialmente, nas delegacias de polícia dos municípios.
A live completa pode ser conferida em bit.ly/Dicas-Seguranca-Mulheres.
Mais atividades
Além da live sobre segurança para as mulheres, a Unimed VTRP realiza, na próxima quinta-feira, 17/03, às 19 horas, um grupo sobre a saúde da mulher e o papel dos alimentos funcionais. A atividade acontece de forma online com a condução da nutricionista Kiara Radaelli, do Espaço Viver Bem Unimed. Para participar desta atividade, é necessário realizar a inscrição em bit.ly/papeldos_alimentos.
A atividade é gratuita, e aberta para clientes e comunidade, mas é necessário garantir logo a presença pois as vagas são limitadas.
O podcast Mingau de Aveia, produzido pela equipe de Marketing da Cooperativa, também conta com um episódio especial sobre o Dia Internacional das Mulheres. A produção traz uma entrevista onde a delegada Diéli Caumo conta um pouco mais sobre a trajetória e a atuação feminina em um ambiente ainda dominado pelo público masculino. O episódio traz ainda dicas de conteúdos, grupos e séries para conhecer sobre novos assuntos de forma leve e descontraída. Para conferir, basta acessar bit.ly/Mingau-de-Aveia.
A ascensão da presença e da contribuição das mulheres nos ecossistemas de inovação também serão destaque na programação da Unimed VTRP. O Vibee Unimed está publicando neste mês relatos de mulheres que são fundadoras ou que fazem partes dos times das startups aceleradas pelo hub de inovação da Cooperativa. Para conferir estas histórias, basta seguir o Vibee no Instagram @vibeeunimed.
Categoria: #CuidarDeVocê, Saúde do Homem e da Mulher