Ouvidoria   

Meu filho quer saber sobre sexo, e agora?

06 de setembro de 2017

Educar não é tarefa fácil, principalmente quando se trata de um assunto que ainda é considerado tabu: a sexualidade. À medida que os filhos crescem, perguntas como “O que é transar?” ou “Como eu nasci?” tornam-se frequentes, escancarando a curiosidade das crianças por esse universo cheio de segredos. Em meio a tantas descobertas, os pais também encontram um grande desafio, afinal, nem sempre é fácil achar respostas para tantos questionamentos. A psicóloga Daniela Graef, de Venâncio Aires, explica que a sexualidade é algo natural dos seres humanos e, por isso, deve ser encarada como uma função semelhante a tantas outras. O simples fato de os pais estarem dispostos a conversar já permite um bom desenvolvimento da educação sexual de crianças e adolescentes. Para auxiliar na construção de um diálogo saudável entre as famílias, a Simples Assim conversou com a psicóloga, que é especialista em sexologia clínica e atua no programa Viver Bem na Escola, iniciativa da Unimed VTRP que promove atividades pedagógicas com adolescentes em educandários dos municípios da área de atuação da Cooperativa.   Blog-Unimed-VTRP-sexualidade-infantil   Confira algumas partes da entrevista: RSA – Muitos pais não sabem como agir ao flagrar a criança descobrindo o próprio corpo. Como deve ser a reação e que orientações eles devem passar? Daniela – A infância é uma fase de descobertas. Descobrir o próprio corpo é algo que vai acontecer naturalmente e gradualmente conforme o amadurecimento e a curiosidade da criança. Os pais devem agir de maneira também natural, orientando e explicando aquilo que a criança está querendo saber no momento. RSA – Crianças são sempre muito curiosas e diversas vezes surpreendem com suas perguntas. Quando questionam sobre sexualidade, como abordar a questão? Daniela – As crianças trazem suas próprias dúvidas ou algo que viram ou ouviram e ainda não conseguem entender. Perguntas sobre sexualidade costumam chegar de surpresa e embaraçar os pais. Uma maneira de abordar é devolver a pergunta: onde você viu ou ouviu isso? O que você acha que é? O que você já sabe sobre isso? Dessa forma, os pais podem pensar o que dizer e dar a resposta mais apropriada. As crianças precisam sanar a dúvida, mas, às vezes, precisamos dizer que é coisa de adulto e quando crescer vai entender melhor. Uma resposta muito detalhada quando ainda é muito jovem pode chocar e invadir a forma infantil de pensar a sexualidade. RSA – Como identificar um comportamento precoce? Há uma idade certa para o descobrimento da sexualidade? Daniela – A sexualidade é uma característica inerente ao ser humano. O que muda é onde ela está centrada em cada fase do desenvolvimento. A atenção aos órgãos genitais, propriamente dita, começa por volta dos três anos de idade, quando as questões de gênero também estão sendo formadas. As diferenças entre meninos e meninas se dão de forma ampla, incluindo além das genitais, as preferências e os comportamentos sociais vistos como feminino e masculino. Por isso, trazem perguntas constantes sobre “isso é de menino ou de menina?”.    


Para conferir a entrevista completa, clique aqui e acesse a revista Simples Assim.