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Mochila: tire esse peso das costas

22 de fevereiro de 2017

Livros, cadernos, pastas e lanche. Só com itens básicos, a mochila do estudante já adquire um bom peso. Somada a outros materiais como objetos eletrônicos, brinquedos e roupas, o peso pode ultrapassar o recomendado por fisioterapeutas e ortopedistas, e se tornar um potencial problema de postura e até de coordenação motora. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 85% das pessoas têm, tiveram ou terão um dia dores nas costas provocadas por problemas de coluna. O que muitas pessoas não sabem é que essa dor pode estar relacionada ao peso da mochila que a pessoa usou na época da escola. Para os pais, é importante que fiquem atentos e evitem o excesso de peso. Isso pode prevenir dores e complicações futuras. Existe uma forte relação entre o excesso de peso na mochila com alterações e dores na coluna e alterações no caminhar. Especialistas recomendam que estudantes carreguem até 10% do peso corporal. Por exemplo: se a criança tem 30 quilos, sua mochila deve pesar três quilos. Se o excesso de peso se prolongar, pode resultar em doenças como a escoliose (desvio lateral da coluna), a cifose (curvatura da espinha vertebral promovendo o arqueamento das costas) e a hiperlordose (acentuação da concavidade lombar).   Blog Unimed VTRP Peso Mochila Volta as aulas   Como solucionar este problema? Especialistas recomendam que os pais verifiquem as mochilas para observar se os pequenos estão levando utensílios desnecessários para a aprendizagem, além de discutir com a escola maneiras para que o material fique mais leve, como a utilização de armários para as crianças deixarem algum material no próprio local de ensino. Outra dica valiosa é trocar a mochila convencional por um modelo com rodinhas. A atenção fica para a altura da alça do carrinho: a criança deve ficar com a coluna retinha e não curvada para alcançá-la, pois uma alça mal regulada sobrecarrega quadril e joelhos, o que pode causar inflamações e dor no crescimento. Se a escolha for pela mochila sem rodinhas, ela deve ser do tamanho da criança, para ajustar-se bem à coluna. A mochila solta pode puxar o corpo para trás e forçar os músculos, além de fazer a criança curvar os ombros para facilitar o equilíbrio. O fundo da mochila deve ficar apoiado na curva lombar da coluna. Nunca deve ficar a mais de 10 centímetros abaixo da região da cintura da criança. Ao escolher uma mochila, é importante que ela seja leve. Quando estiver vazia, não deve pesar mais que meio quilo. As alças de ombro devem ser bem acolchoadas, reguláveis e com largura mínima de quatro centímetros na altura dos ombros. Outro recado fundamental: nunca deixe seu filho levar a mochila em uma única alça, isso sobrecarrega apenas um dos ombros. Além disso, o material deve ser bem distribuído dentro da mochila. Os livros e cadernos mais pesados ficam bem rentes à coluna. Não deixe os materiais soltos na mochila, isso provoca movimentos de desequilíbrio e sobrecarga de impacto.   Blog Unimed VTRP Peso Mochilas Crianças   O que pode ficar de fora da mochila? O excesso de peso nas mochilas escolares pode ser o grande vilão da volta às aulas. Por isso, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), em parceria com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), preparou um conteúdo especial que mostra como prevenir o sobrepeso. Em um estudo realizado em 2003 pela Proteste, o sobrepeso estava, na maioria das vezes, relacionado à presença de materiais como apostilas, dicionários e brinquedos desnecessários. Fique atento para checar se a criança não está carregando itens sem necessidade para todos os dias, como:

  • Brinquedos diversos
  • Toalha
  • Roupas e calçados extras
  • Instrumentos musicais
  • Diários
  • Revistas em quadrinhos
  • Vários cadernos distribuídos por matéria, o que poderia ser substituído por apenas um com divisórias para várias matérias, ou um fichário.

  Siga estas dicas, converse com seu filho e organizem a mochila juntos. Faça com que o retorno às aulas seja divertido e saudável!