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O amor faz toda a diferença

Confira como o amor faz toda a diferença na hora de superar limitações. Conheça a história do Dudu!

08 de junho de 2015

“O Dudu veio para me ensinar muito.” É assim que Lisiane Borba da Silva, de Taquari, resume a sua luta pelo crescimento e desenvolvimento de seu primeiro filho Fernando Eduardo, carinhosamente chamado de Dudu. A batalha dela iniciou há sete anos. “Meu filho tem alguns atrasos no desenvolvimento, são sequelas da prematuridade, meningite e hidrocefalia”, resume Lisiane. Dudu nasceu com 31 semanas de gestação. Com todas as complicações do parto, precisou ficar quatro meses internado em uma UTI.

Passou por 16 cirurgias na cabeça e foi submetido à colocação de válvulas. Aos três anos de idade, o menino pesava apenas nove quilos. “Foi bem difícil. Uma luta constante com a balança para ganhar peso. O Dudu foi sentar somente com três anos e aprendeu a caminhar aos cinco. Hoje, com sete anos, ainda estimulamos muito ele”, conta a mãe.

Blog Unimed VTRP equoterapia

Para auxiliar no desenvolvimento do filho, Lisiane afirma que as sessões de equoterapia, feitas desde o primeiro ano de vida, foram fundamentais. Além disso, Dudu conta com o apoio de uma fisioterapeuta e uma fonoaudióloga. Ele frequenta ainda uma Escola de Educação Infantil e participa de grupos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

“Meu filho nunca ficou sem tratamento. Há quatro anos ele não tem convulsões, o que fez a médica tirar um dos dois anticonvulsivantes que ele tomava. Faz um ano também que ele retirou uma das duas válvulas que usa pela hidrocefalia. Nesse período tivemos muitas respostas positivas dele, como entender e responder mais rápido a tudo. Aprendeu a colocar a língua para fora, a sugar em canudinho e, mais recentemente, a soprar e assoviar, o que nos fez ficar mais felizes ainda. O Dudu caminha e se arrisca a dar umas corridinhas”, conta a mãe, que vibra a cada nova conquista.

Blog Unimed VTRP Dudu Lisi e Felipe

Para o médico cooperado e especialista em Medicina Física e Reabilitação da Unimed VTRP em Lajeado, Gustavo Robinson, os estímulos frequentes e a dedicação da família são fundamentais para o desenvolvimento saudável da criança.

“A melhor maneira de fazer com que esse menino se sinta incluído e tenha uma existência plena é fazer de tudo para atender suas necessidades especiais, sejam elas físicas, psicoemocionais ou pedagógicas. Para que isso aconteça, é fundamental o empenho da família”, enfatiza. Dr. Robinson ainda destaca que permitir o convívio com todos os membros da família e com crianças da mesma faixa etária, sejam elas PCDs ou não, pode auxiliar no processo de evolução.

“Ao mesmo tempo em que tem suas necessidades especiais atendidas, lhe é permitido interagir como qualquer outro membro dos seus grupos sociais. Essa interação é importante não apenas para as crianças com deficiência, mas também para que as demais pessoas entendam que esse convívio é saudável e necessário”, complementa o médico.

Blog Unimed VTRP Importancia Familia

Foto: Pai Fernando, Dudu, Lisi e Felipe

Lisiane ainda comenta: “A ajuda do pai é fundamental, e que eles tem que ter o momento deles por mais protetora que a mãe seja. No início eu tinha medo e não deixava Fernando cuidar, depois a gente descobre que não é mulher maravilha e que tem que dividir com os pais.

Eu agradeço todos os dias pelo paizão que os meninos tem!”

Clique aqui e confira mais sobre a história da Lisi e do Dudu na Revista Simples Assim.

Desafiando padrões de beleza

Com o intuito de desafiar o retrato da mulher ideal, o artista italiano Alexsandro Palombo lançou um questionamento em seu blog: “Algum de vocês já viu uma protagonista com deficiência em um filme da Disney?”.

Para responder a indagação, ele criou uma série de ilustrações em que a Branca de Neve é cadeirante, a Jasmine não tem os dois braços, a Cinderela usa prótese e a Pocahontas anda com a ajuda de muletas. “Acho que eles deveriam considerar que existem muitas pessoas com deficiência no mundo, isso é um fato”, disse o artista ao Huffington Post.

Blog Unimed VTRP Princesas Disney com Deficiências

A inspiração para os retratos veio da sua própria condição. Há dois anos, Alexsandro descobriu um câncer raro que acabou paralisando parte do seu corpo. “Hoje, eu sou deficiente físico, e todos os dias eu preciso lidar com diversas formas de discriminação e humilhação. Com essa série, decidi dar mais visibilidade a esse problema. Eu acho que as pessoas com deficiência não atendem ao estereótipo de beleza definido pela Disney. E a minha mensagem é que elas também têm direitos e fazem parte do mundo”, contou.

Bons exemplos merecem ser compartilhados. Saiba mais sobre o trabalho do Alexsandro em sua página no Facebook.

Blog Unimed VTRP Bonecas acessibilidade

Para ajudar na inclusão social e na autoaceitação de crianças com deficiência, uma marca de brinquedos Makies resolveu produzir bonecas personalizadas. Há uma linha de bonecas baseadas nas deficiências e características de várias crianças.