O papel do pai na amamentação
Apoio da figura paterna é essencial para o desenvolvimento dos pequenos e à recuperação da mãe
08 de setembro de 2021
O nascimento de um bebê traz muitas informações e preocupações que giram em torno da criança e da mãe. Mas qual será o papel do pai na construção da nova dinâmica familiar? O Amamentar Talks trouxe para o bate-papo o papai de primeira viagem e anestesiologista, Lucas Lazzaretti, que contou sobre os desafios e experiências da paternidade, em conversa com o médico pediatra da Unimed VTRP, Dr. João Paulo Weiand.
Desde o momento em que Lucas e a esposa Natália decidiram engravidar, o casal fez vários planos para a gestação e o nascimento da pequena Bianca. Mas, com o passar dos meses, o que descobriram é que não existe um roteiro pré-definido quando se fala do nascimento de uma criança.
“Muitas coisas que programamos na parte gestacional da Natália mudaram, mas tudo foi aprendizado”, afirma Lazzaretti. Uma das principais mudanças de planos do casal foi o nascimento da filha, que veio prematura.
Lazzaretti lembra que quando souberam da gravidez uma das dúvidas que tinham era em relação a semana mais adequada para fazer parto normal ou cesárea. Calculavam o melhor momento para a chegada da menina. Porém, com 34 semanas de gestação, a bolsa de Natália estourou.
“Por mais que a gente pensava e programava, tudo saiu diferente. Minha sogra estava preparada para vir a Lajeado no final de maio. De repente, tudo mudou”.
Inseguranças no nascimento
Por trabalhar em blocos cirúrgicos e acompanhar de perto o nascimento de diversas crianças prematuras, o anestesiologista conta que se sentiu inquieto ao ver a situação da filha e da mulher.
“Isso realmente foi marcante para mim. Como trabalho nessa área, estava mais nervoso, pois a gente sabe tudo o que pode acontecer ali. Por fim, a Bianca nasceu e foi tudo bem”.
Após superar os desafios do primeiro momento, a pequena foi levada à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde permaneceu alguns dias para reverter o quadro de hipoglicemia.
“Eu nunca imaginava que minha filha ia nascer e ir para a UTI. Por mais que eu sabia que ela estava bem, a gente pensa que pode haver algumas complicações. Mas a amamentação foi fundamental para irmos para casa”, relembra.
O papel do pai para fortalecer
Em todas as etapas da gestação e hoje com a pequena Bianca em casa, Lazzaretti conta que sempre acompanhou a mulher para lhe dar o suporte necessário. Inclusive, após o nascimento da filha, sua maior preocupação era garantir que Natália estivesse confortável.
“Nesse período de ter o nenê todo mundo fala que é preciso dar atenção a pequena, mas, na verdade, eu tinha que dar atenção para a mãe. Eu sabia que ela estava cuidando da Bianca, por isso meu foco era a Natália”.
O anestesiologista conta que após o nascimento, entendeu que o papel de pai vai muito além de apenas proteger os filhos. Está em permitir que a mãe se sinta confortável e descansada para a nova rotina.
“São pequenas coisas, como ter uma mesa de café da manhã posta ou ter um tempo para tomar banho tranquila. Por mais que a gente note que muitas mães fazem de tudo, é preciso ajudar, pois cuidar de um filho é uma exigência muito grande”.
Categoria: Filhos e Gestação