O que não te contaram sobre a amamentação foi o tema da live de estreia da programação especial para o “Agosto Dourado”, que trouxe como foco o incentivo à amamentação.  

Mamães que estão vivendo esta fase, ou estão prestes a viver, sabem que esse período pode ser intenso, com muitas emoções. Por isso, nada melhor que contar com as dicas práticas e cheias de significado que nossa pediatra, Dra. Clarissa Roza, e a enfermeira do programa Meu Bebê, Kemberly Basegio enfatizaram com a mediação da mamãe Alessandra Maina Santos.  

Kemberly comenta que uma das primeiras dúvidas, ainda no processo gestacional é como posso preparar o peito para amamentar. Ela explica que durante o processo gestacional acontecem alguns processos na mama e a partir da 16ª semana já acontece a produção do colostro, o primeiro leite que o bebê vai receber quando nascer. O preparo da mama acontece naturalmente, fisiologicamente. Os tubérculos de Montgomery fazem a hidratação da aréola, de forma que não há necessidades de cremes e pomadas.  

Alessandra relatou sobre a sua experiência e sobre a dor nos primeiros dias, relatando que buscou informação, mas mesmo assim teve dificuldades no início.  

Dra Clarissa explica que o que não te contaram sobre a amamentação é que você precisará de ajuda.  

“Você vai precisar de ajuda, da sua rede de apoio, mas também de ajuda profissional. É importante se munir de informação, mas também de profissionais que consigam trazer o que há de moderno e, de fato, é recomendado, porque algumas informações podem confundir.  

Diferente do que todo mundo imagina, o bebê nasce e começa a ter o reflexo e busca, este instinto de busca é fisiológico, mas não basta o bebê ter o instinto de mamar e a mãe ter o instinto de amamentar, isso precisa ser aprendido para acontecer o encaixe. E é neste período de aprendizado que aparecem as dores, as fissuras, as dificuldades. Mas isso passa, principalmente quando bem conduzido. Algumas mulheres saem amamentando sem dor no primeiro dia, mas na minha experiência, a grande maioria passa por dificuldades” 

A principal questão é a pega.  

A pega correta pega a maior parte da aréola, esclarece Kemberly, mais na parte de baixo do que em cima, e o bebê vai fazer uma sucção nutritiva, observe a bochechinha enchendo e o pescocinho engolindo. A posição também é importante e precisa estar confortável para os dois.  

A pomada a base de lanolina pode ser usada, ela tem efeito analgésico, mas precisa ter cuidado com o uso indiscriminado. A quantidade deve ser mínima, somente na fissura. Laser também pode ajudar.  

Dra Clarissa complementa que é preciso aguardar o bebê nascer para ver o que pode estar atrapalhando cada mãe, cada bebê é diferente, então o que funciona para uma, não funcionará para outra.  

A principal preparação está na cabeça, se sentindo segura e confiante.  

O papel do pai

Como o pai pode ajudar foi um dos questionamentos que surgiu. Dra Clarissa comenta que o papel do pai vai muito além da amamentação. O pai precisa estar presente em todo o período, em todo o cuidado desta gestação e desta criança que está vindo. O primeiro é saber das dificuldades que a mulher vai apresentar no pós-parto. Precisa saber que mudança hormonal é gigantesca no puerpério, a cobrança da sociedade é sobre a mulher, então ele tem o papel de proteger e apoiar.  

Ele vai precisar aprender sobre amamentação, pode preparar o ambiente para que seja tranquilo, perceber se há visitas ou comentários indesejados.  

Atenção: 

Algumas mulheres ao assumir tudo, acabam limitando o papel do pai, às vezes de forma não intencional. Pai não ajuda, pai cumpre o seu papel, mas a mulher precisa estar aberta a este cuidado do jeito dele.  

A Live trouxe ainda várias outras dicas que você pode conferir acessando o Instagram da Unimed VTRP. Clique aqui