Obesidade infantil – entender para enfrentar
05 de junho de 2023
A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de peso em crianças com até 12 anos. O aumento do número de casos em todo o mundo a tornou uma epidemia, sendo considerada um grave problema de saúde pública.
No Brasil, segundo o IBGE, uma em cada três crianças de cinco a nove anos estão acima do peso.
Causas
Existem várias causas para a obesidade infantil, e geralmente é resultado de uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. Porém o significativo aumento nos últimos anos está associado a mudanças nos estilos de vida e comportamento das famílias. A diminuição da atividade física e o aumento do consumo de alimentos processados e ricos em calorias, têm contribuído para o aumento dos índices de obesidade entre as crianças. A falta de exercício físico regular, o tempo excessivo gasto em atividades sedentárias, como assistir televisão e jogar videogame, e uma dieta desequilibrada são pontos importantes.
Além disso, fatores ambientais também têm um impacto significativo na obesidade infantil. A disponibilidade de alimentos altamente calóricos e pobres em nutrientes, como alimentos processados, fast food e refrigerantes, tornou-se mais comum e acessível para muitas famílias. As crianças passaram a ter contato com alimentos industrializados e hipercalóricos, e se afastaram das frutas e de outros alimentos naturais e saudáveis.
Com o consumo exagerado de gorduras e açúcares, há uma mudança na produção de hormônios ligados ao prazer, como a dopamina. Assim, começa um processo de compulsão alimentar, como um vício.
Riscos
A obesidade infantil tem várias consequências negativas para a saúde física e emocional das crianças. Crianças obesas têm maior risco de desenvolver doenças crônicas mais cedo como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, distúrbios do sono e problemas ortopédicos. Além disso, a obesidade pode afetar a autoestima e a saúde mental das crianças, levando a problemas psicossociais e de relacionamento, como isolamento social e depressão.
O que fazer?
A conscientização de pais e filhos – para uma mudança de hábitos e cuidado com a saúde – pode melhorar muito este quadro. Uma reeducação alimentar para toda a família pode ser o primeiro — e mais importante — passo para o combate à obesidade infantil.
Estar comprometido com a saúde e deixar de lado os alimentos ricos em gorduras e açúcares é fundamental para que todos consigam manter a nova rotina de uma alimentação saudável a longo prazo. É recomendado escolher versões integrais dos cereais e farinhas, como massas, arroz e pães e aumentar o consumo de verduras e legumes, bem como cortar do cardápio os alimentos ultraprocessados, redes de fast food e os refrigerantes.
É muito importante também consultar um nutricionista. Ele é o profissional adequado para orientar em relação à nova dieta, para que sejam consumidos os alimentos e nutrientes na proporção ideal.
O tempo de exposição às telas pode influenciar em um estilo de vida mais sedentário. O recomendado é que crianças até cinco anos não fiquem mais de uma hora em frente às telas. Para crianças de 5 a 13 anos, a recomendação é de que se tenha no máximo duas horas de tela com fins recreativos.
Além disso praticar atividade física é fundamental, quanto mais cedo a criança começar alguma atividade, maiores as chances dela se tornar um adulto ativo. Pode-se buscar esportes que a criança se identifique, para que ela assuma o compromisso como um hábito divertido. Existem várias atividades que funcionam como excelentes exercícios, incentive brincadeiras que movimentam o corpo, como pega-pega, pular corda, amarelinha, dança, bicicleta, entre outros.
A obesidade infantil é um problema crescente que requer atenção, mas a mudança no comportamento alimentar, o incentivo à prática de exercícios físicos desde cedo e bons hábitos de sono podem ajudar a prevenir o problema.
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