*Artigo escrito por Dra. Bruna Baldissera
A primeira semana do mês de agosto marca um período especial para mamães e bebês: a Semana Mundial da Amamentação. Sabe-se que o aleitamento materno traz inúmeros benefícios para a saúde de ambos: fortalece o vínculo mãe e filho, melhora a contração do útero após o parto, contribui para o aumento das defesas do bebê, reduz o risco de asma para a criança e, acima de tudo, diminui o risco da mulher desenvolver câncer de mama, endométrio e de ovário.
Porém, muitas dúvidas surgem neste período, principalmente para quem já enfrentou um câncer de mama. Nos consultório, é comum ouvirmos questionamentos como: “Tive a doença e decidi engravidar, existe algum risco para o bebê ou para mim se eu amamentar? Qual a orientação?”.
A notícia para mamães é positiva. A amamentação é sim recomendada para mulheres que tiveram câncer de mama antes de engravidar ou até mesmo para aquelas que descobriram o câncer na gestação ou no pós-parto, desde que não estejam recebendo tratamento quimioterápico ou radioterápico. Embora não existam dados conclusivos sobre o papel da amamentação em prevenir a reincidência do câncer em mulheres que já tiveram a doença, ela é altamente indicada em virtude de todos os benefícios que proporciona para mãe e filho.
É importante lembrar que algumas mulheres podem enfrentar dificuldades no início da amamentação, porém, é preciso ter paciência e insistir a prática. Toda mãe deseja proporcionar esses benefícios ao seu neném. Mas nem sempre a maternidade segue o curso desejado. Se a mulher não conseguir amamentar, não deve se desesperar. Afinal, o alimento que não pode faltar para o seu filho é o amor.
*Médica oncologista e responsável técnica pela Clínica de Oncologia da Unimed, em Santa Cruz do Sul
É gratuito e saudável.