No próximo sábado (03/12), o calendário registra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 24% da população se enquadra nesse perfil, o equivalente a 45 milhões de habitantes. A boa notícia é que, em 2015, o número de vagas ocupadas por Pessoas com Deficiência (PCDs) cresceu 5,75% em relação ao ano anterior. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada pelo Ministério do Trabalho.
A Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP), com sede em Lajeado, faz parte do rol de empresas que oferecem essas oportunidades. “Mais do que cumprir uma lei, prezamos para que todos possam exercer plenamente suas atividades no ambiente profissional, com direitos e deveres, respeitando as diferenças e limitações de cada um”, explica a psicóloga Juliana Cerutti, da área de Desenvolvimento Humano da cooperativa médica.
Desde 2013 a Unimed VTRP mantém internamente o Programa Sentidos, com um cronograma de ações voltadas aos colaboradores PCDs. Entre as atividades, constam curso de Libras, sensibilização de diversos públicos e encontros. O programa tem o intuito de incluir estes profissionais em um ambiente de trabalho capaz de propiciar o seu desenvolvimento técnico e comportamental.
Entre os 560 colaboradores da Unimed VTRP, 24 são PCDs. Um deles é a auxiliar administrativo Andréia Luciana dos Santos, 35 anos, que há quatro anos trabalha na área de Promoção à Saúde. Quem passa pela mesa dela e a observa toda atenciosa falando com clientes ao telefone, não imagina os desafios que a vida já lhe impôs. Em 2010, sofreu uma isquemia cerebral durante um parto prematuro, provocado por uma crise de hipertensão. O bebê não sobreviveu e ela ficou três dias em coma. Uma das marcas deixadas por esse trauma foi uma dificuldade para caminhar. Até hoje ela recebe acompanhamento neurológico e faz fisioterapia três vezes por semana. “Com determinação e muita vontade de viver, consegui reverter um quadro de tetraplegia para uma limitação de grau mais leve. Tive que aprender tudo outra vez, aumentando minhas perspectivas para uma vida normal e com qualidade”, conta ela.
Quando entrou na cooperativa, Andréia ocupou uma vaga na recepção do Espaço Viver Bem Unimed. A alegria de conquistar um emprego na empresa que desejava, trouxe também um novo desafio no ambiente profissional. “Às vezes precisava receber um cliente e acompanhá-lo até o consultório, voltar para a minha mesa para atender o telefone, passar um recado para um colega no andar superior. Tudo isso exigia uma agilidade que não tenho. Não conseguia desempenhar as atividades tão bem quanto eu gostaria. Então, conversando com minha gestora, optamos por uma troca de função, na qual trabalho mais tempo sentada. Agora gosto muito mais do que faço, estou muito feliz e realizada”, relata a auxiliar administrativo.
Segundo a psicóloga Juliana Cerutti, o histórico da Andreia ilustra muito bem uma das preocupações da Unimed VTRP ao receber um PCD. “Não abrimos vagas específicas para pessoas com deficiência. Durante o processo seletivo, buscamos identificar quais são suas experiências profissionais, talentos e potenciais, de acordo com as oportunidades que temos na cooperativa. Todo processo seletivo é aberto para a participação de candidatos em geral, sejam eles PCDs ou não”, explica Juliana.
Confira a lei
A Lei Federal nº 8.213/91, que já completou 25 anos, foi criada para garantir às pessoas com deficiência o acesso ao mercado de trabalho. Conhecida como lei das cotas, obriga empresas com mais de 100 funcionários a destinarem de 2% a 5% das vagas de seu quadro de efetivos para esses profissionais.
Quer trabalhar na Unimed?
Pessoas com deficiência são bem-vindas na cooperativa. Cadastre seu currículo no site ou entre em contato pelo telefone (51) 3714- 7125.
É gratuito e saudável.