Conscientizar os homens sobre a importância de realizar exames preventivos e manter a periodicidade nas consultas médicas é um grande desafio para os órgãos de saúde. Isto porque a vergonha e as barreiras culturais ainda mantêm o público masculino longe dos consultórios médicos. Por essa razão, novembro foi escolhido como o mês para conscientizar sobre a necessidade da mudança deste comportamento, que influencia no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens, de acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar de ser considerada uma doença da terceira idade, pois é mais recorrente em pessoas acima de 65 anos, ela pode atingir faixas etárias mais jovens. E o que mais preocupa é que, em sua fase inicial, tem evolução silenciosa, postergando ainda mais a busca por consultas médicas.
Por não apresentarem sintomas notáveis no começo da doença, ao descobrirem o câncer de próstata, os pacientes já a encontram na fase mais avançada. Nesta etapa é verificado a dor óssea, sintomas urinários (maior frequência ou presença de sangue), infecções ou insuficiência renal. Mas o risco maior está nos tumores que crescem de forma rápida, visto que estes podem se espalhar para outros órgãos.
Por isso a visita médica é importante para manter os cuidados com a saúde integral do homem. Além de facilitar o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer de próstata, as consultas anuais e os exames preventivos evitam o desenvolvimento de outras doenças e melhoram o bem-estar e a qualidade de vida.
Para Protacio Lourenço Werlang (85) as visitas periódicas ao médico foram fundamentais para a descoberta do câncer de próstata. Acometido pela trombose há mais de 30 anos, o professor conta que sempre fez acompanhamento e priorizou a sua saúde. “Qualquer mudança pequena que eu percebia no meu corpo já questionava o médico”.
E foi justamente por conhecer o seu próprio corpo que Werlang logo percebeu uma dor diferente na coxa direita. Após relatar ao médico, exames foram realizados e o câncer de próstata foi diagnosticado em novembro de 2020. No caso do professor, a doença já afetava o fêmur de ambas as pernas.
Ao receber a notícia, o momento foi de “muita preocupação, um verdadeiro choque. Afetou diretamente o meu trabalho diário, a alimentação, os exercícios físicos e, em especial, a caminhada”, recorda.
Apesar das limitações, Werlang afirma que não desistiu de lutar pela vida e acredita em sua cura. Com o apoio da Clínica de Oncologia da Unimed, iniciou um tratamento que já incluiu radioterapias, reposições de hormônios e vitaminas, além de mudanças de hábitos.
A doença fez o professor refletir sobre sua trajetória. Hoje ele acredita que é preciso ter “equilíbrio em todas as ações e valorizar a vida, sempre contanto com o apoio da família”. Por isso, incentiva que todos mantenham a periodicidade nas consultas médicas. “Aconselho a todos a fazer os exames de prevenção. Deixar a vergonha e o preconceito de lado. Dessa forma, futuramente, muitos problemas serão evitados”.
Para os homens que recebem o diagnóstico do câncer de próstata, o professor os aconselha a manter o pensamento positivo e buscar ajuda dos profissionais de saúde. “Jamais desistir e sempre lutar”.
É gratuito e saudável.