Manter uma vida social ativa é benéfico em todas as fases da vida, inclusive na terceira idade. Estudos de renomadas instituições internacionais têm mostrado que o isolamento social e a sensação de solidão estão associados à maior incidência de doenças e também a um risco maior de morte prematura.
Um estudo da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, identificou que a solidão faz tão mal à saúde quanto o sedentarismo, a obesidade ou fumar 15 cigarros por dia. Depressão, diabetes, doenças cardiovasculares como hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), Alzheimer e até a redução da imunidade podem estar associados ao fato de se sentir sozinho. O aparecimento de fobias, de crises de ansiedade e até mesmo distúrbios do sono também podem ter essa causa.
Mesmo no Brasil, país em que a população é mais sociável, o problema também chama a atenção. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia identificou que a solidão é o maior medo do idoso brasileiro, à frente de temores como da incapacidade de enxergar ou se locomover e do desenvolvimento de doenças graves. Mas, embora os casos de solidão costumem ser mais prevalentes entre adultos e pessoas mais velhas, jovens e até mesmo crianças podem ter a sensação presente em sua rotina.
Definindo a solidão
Especialistas reforçam que é preciso ter um olhar diferenciado para a sensação de estar só e também ter cautela para definir a solidão. Muitas vezes, a pessoa mora sozinha, mas mantém uma vida social ativa, sai e viaja com frequência, visita amigos, convive bem com os vizinhos, frequenta espaços de lazer e participa de atividades sociais em sua comunidade.
Há casos também em que a pessoa vive bem em comunidade, mas vez por outra prefere ficar no seu canto para ler, assistir a filmes e séries ou até mesmo para elaborar o que há por trás de alguma tristeza momentânea.
O risco é quando estar sozinho é sinônimo de isolamento permanente, desamparo e tristeza frequente.
A importância do convívio social
Ter amigos, familiares e até colegas de trabalho por perto favorece a interação, a troca de experiências e a promoção da sensação de bem-estar. E, em tempos em que as redes sociais aproximam pessoas distantes, mas também podem favorecer o afastamento de quem vive próximo, psicólogos reforçam que a qualidade dos relacionamentos tem um peso muito maior do que a quantidade de amigos.
No organismo, os efeitos do isolamento social podem partir da diminuição de habilidade cognitiva até a liberação de hormônios. Pesquisadores indicam que manter uma vida social ativa favorece a liberação da oxitocina, hormônio relacionado à redução do estresse e ao bem-estar emocional.
Como preservar a saúde também significa agir para que a solidão não favoreça o aparecimento de doenças, veja algumas dicas de médicos, psicólogos e pesquisadores para estabelecer mais relações sociais e viver com saúde:
É gratuito e saudável.