Receber o diagnóstico de câncer de mama é desafiador para as mulheres, afinal a doença mexe com o emocional e a vaidade do universo feminino. Ainda que a notícia pareça assustadora, hoje já se sabe que conviver com o câncer é algo possível e há altos índices de cura. Afinal, os avanços da medicina e a rede de apoio permitem que as pacientes adaptem suas rotinas e tenham qualidade de vida, como contam Cristina Darni Pranke e Elisamar do Nascimento, pacientes da Clínica de Oncologia da Unimed.
Cristina (55) descobriu o carcinoma mamário invasivo em julho de 2020. A assistente contábil conta que foi ao observar o seu corpo que notou uma diferença entre os seios. Neste momento, com o auxílio da irmã Glaci, procurou um médico e teve o diagnóstico da doença confirmado.
“Foi um momento de inúmeras dúvidas, inseguranças e medos. Mas pude contar com o apoio dos meus familiares, do noivo, dos amigos, colegas de trabalho e toda a equipe da empresa Mercur”, relembra.
Por ser surda e muda, Cristina precisou reforçar sua rede de apoio para compreender a doença e como prosseguir com o seu tratamento. Mas isso não a impediu de seguir a luta e permanecer com o sorriso no rosto.
Com o auxílio de uma tradutora de libras e da equipe da Clínica Oncológica da Unimed, ela segue sua jornada de enfrentamento a doença com tranquilidade.
“As mudanças ainda estão ocorrendo, tanto na parte mental como corporal. Mas passei a cuidar mais os pensamentos e estar sempre focando no melhor do meu tratamento. Para mim ele é especial, singular, e a equipe é muito atenciosa e super preparada. Sempre me sinto acolhida e segura”.
A vida agitada de Elisamar (49) precisou de uma pausa após o diagnóstico de câncer na mama direita, em janeiro de 2021. Até então, a auxiliar de estoque tinha dois empregos e mantinha uma rotina corrida para criar os três filhos. Com a notícia da doença, alguns de seus planos mudaram e ela precisou se adaptar à nova realidade.
A primeira vez que Elisamar percebeu um caroço no seio foi ainda em 2018. Na época, a mamografia acusou a presença de nódulos, mas a médica a tranquilizou sobre a alteração, afirmando não ser nada grave.
No entanto, no final de 2019, “ao começar a fazer exercícios notei que esse carocinho estava se desenvolvendo. Então marquei com o médico, que me pediu todos os exames, inclusive uma biópsia, na qual veio o resultado de carcinoma”.
Para ela, receber a notícia foi muito difícil. “Passou um filme na minha cabeça. Quanta coisa ainda queria fazer, quantas havia deixado de fazer por ter que trabalhar… tinha também meus filhos. Sentia que não tinha aproveitado a vida e que agora era incerto se conseguiria realizar muitas coisas ainda. Me perguntava, será que vai dar tempo?”, lembra.
Ter que diminuir a demanda de tarefas diárias foi desafiador para Elisamar. Mas ela acredita que a mudança foi necessária para ela valorizar a vida e ter grandes aprendizados.
Tanto para Cristina quanto para Elisamar, a doença mudou a maneira como elas enxergam o mundo. Hoje, ambas encaram os desafios como aprendizados. “É uma chance de fazer as coisas de forma diferente e com mais qualidade de vida”, afirma a assistente contábil.
“Aprendi a valorizar as coisas simples, ter muita confiança nos médicos e fé em Deus, bem como aproveitar cada segundo ao lado das pessoas que amamos”, revela a auxiliar.
Questionadas sobre a vaidade Cristina e Elisamar contam que a fase da perda do cabelo e das mudanças físicas foi emocionante. Foi quando elas se redescobriram, encontraram forças que não imaginam ter e perceberam que a verdadeira beleza da vida está nas pequenas coisas e em simples gestos.
“Tudo que passamos tem um porquê e acredito que foi para me transformar em uma pessoa melhor”, assegura Elisamar, que deixa uma mensagem às mulheres que recebem o diagnóstico de câncer. “Não se desespere, mantenha a confiança no seu médico, muita fé em Deus, coragem e aceitação para as mudanças. Pense que nesta caminhada você não está sozinha”.
É gratuito e saudável.