*Por Bruna Baldissera
Sim, nós precisamos falar sobre o câncer de mama! Embora pareça difícil, falar abertamente sobre o câncer pode ajudar a esclarecer mitos e verdades e, com isso, aumentar as chances de enfrentamento da doença.
E é nesse sentido que surgem as campanhas de Outubro Rosa em todo o mundo, ligadas à conscientização e ao autoconhecimento. Ao conhecer bem o próprio corpo, é possível perceber mudanças que são normais nas mamas e ficar alerta para qualquer sinal suspeito. Retração da pele ou mamilo, alteração na coloração ou tamanho da mama, saída de secreção pelo mamilo e presença de nódulo na mama ou axila são alguns indicativos e merecem atenção.
Não é à toa que aproximadamente 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher ao apalpar suas mamas. As estatísticas vão além e contribuem para o sinal de alerta: o câncer de mama é o segundo tipo mais comum no país, atrás apenas do câncer de pele. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que sejam diagnosticados 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, com um risco aproximado de 56 casos a cada 100 mil mulheres.
Os dados preocupam e, por isso, precisamos abrir espaço para discussão. A cura do câncer de mama está relacionada ao diagnóstico precoce, pois nos estágios iniciais da doença as lesões ainda são pequenas. Portanto, diagnosticar a doença o quanto antes é um passo fundamental.
Faça a sua parte e ajude a disseminar essas informações. Se você é mulher, faça o autoexame e consulte regularmente seu médico. Aos homens, o recado é igualmente importante. Embora raro, o câncer de mama também pode atingir o público masculino, portanto, os sintomas não devem ser ignorados. Aos familiares e amigos, fica o recado para que compartilhem conhecimento e estimulem os cuidados com a saúde. Formando essa corrente do bem, podemos fazer da prevenção uma prioridade na vida de todos.
*Médica oncologista e responsável técnica pela Clínica de Oncologia da Unimed
É gratuito e saudável.