Como é realizado o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista?
Conheça os instrumentos de rastreio e como é realizada a avaliação profissional
09 de junho de 2022
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento e seu diagnóstico é realizado de maneira clínica, ou seja, por meio da observação dos comportamentos da criança e relatos de quem convive com ela. É um diagnóstico complexo, por isso pais, profissionais e educadores precisam estar atentos aos sinais, que podem ser sutis, e aos marcos do desenvolvimento.
Todas as crianças, independente de qualquer sinal ou atraso, devem ser submetidas a alguma avaliação para rastreio de TEA. Existe inclusive uma lei federal de 2017 (13.438/17), que obriga a aplicação de um instrumento de rastreio durante uma consulta pediátrica em todas as crianças nos seus primeiros dezoito meses de vida. Mas ainda assim, pela dificuldade de identificação, muitos não recebem o diagnóstico neste período.
Os instrumentos de rastreio
Os instrumentos denominados de rastreio indicam a possibilidade de alterações. Para avaliação, os instrumentos podem ser de escala ou questionário, classificados em níveis, sendo o primeiro nível um teste para população geral e no segundo nível, testes mais específicos para diferenciar o TEA de outros transtornos do desenvolvimento em uma criança que já apresenta atrasos.
Existem inúmeros instrumentos de triagem (M-CHAT, CARS, ABC, ADOS, ASQ, entre outros), sendo que nenhum é considerado padrão ouro. No Brasil, o Ministério da Saúde aderiu ao M-CHAT como instrumento de rastreamento adaptado, traduzido e validado para uso livre no país. As respostas aos itens da escala levam em conta observações dos pais com relação ao comportamento do filho. A soma total dos pontos vai indicar a presença de sinais do TEA, mas não necessariamente confirmam o diagnóstico preciso. A escala classifica as crianças avaliadas em três níveis: baixo, moderado e alto risco para TEA.
O que fazer quando o transtorno é identificado?
Caso a criança seja identificada com sinais de risco de autismo, ela deverá ser encaminhada para uma avaliação especializada para confirmação diagnóstica. Se confirmado, o tratamento deve ser encaminhado para iniciar o desenvolvimento das habilidades da criança o quanto antes.
Este processo deve acontecer com profissionais especializados como os que você encontra no Imaginamente, espaço especialmente desenvolvido para estimular cada criança na sua necessidade. Além da equipe interdisciplinar, o espaço foi todo planejado para promover as várias etapas do tratamento.
Conheça o Imaginamente e esta proposta inovadora para o tratamento do TEA
Conteúdo elaborado pelo Dr. João Lucas Garcia Liranço, neuropediatra que atende no Espaço Imaginamente.
Categoria: Imaginamente