A descoberta de um câncer é sempre um momento difícil, marcado por inseguranças. Quando ocorre durante a gravidez, as preocupações são ainda maiores. Especialistas afirmam que o aparecimento do câncer de mama durante a gestação é muito raro, mas a tendência é que os casos aumentem. Isso porque as mulheres estão optando por ter filhos cada vez mais tarde e o risco da doença aumenta à medida que envelhecem.
Nestes momentos, a grávida não deve ter medo de buscar um diagnóstico precoce se houver alguma desconfiança de câncer. Hoje, já existem tratamentos eficazes e seguros para a mãe e o bebê. “O tratamento do câncer de mama costuma ser seguro durante a gestação. Não há nenhuma contraindicação para realização do procedimento cirúrgico e, caso indicado, deve ser realizado o quanto antes. A quimioterapia também pode ser realizada a partir do segundo trimestre de gestação, quando o período de organogênese (etapa em que ocorre a formação e a diferenciação dos tecidos e órgãos) do bebê já passou”, orienta a médica oncologista Bruna Fischer Baldissera, responsável técnica pela Clínica de Oncologia Unimed.
“Alguns cuidados devem ser tomados, como, por exemplo, a realização da quimo após o parto, que deve ocorrer de três a quatro semanas após o nascimento da criança. O único procedimento contraindicado é a radioterapia, pois expõe o bebê a riscos de malformação. A amamentação também deve ser evitada, pois traz riscos à saúde do bebê”, reforça a médica.
É importante destacar que, durante a gestação, a mama sofre mudanças naturais, ficando mais densa e dolorida. Por isso, é muito mais difícil perceber sinais que podem ser da doença.
Portanto, converse com seu médico e tire todas as suas dúvidas.
É gratuito e saudável.